O Velho Lamm e Torkild
chegaram à propriedade de Eldored para encontrar o beijo da morte e do fogo por
toda a fazenda. Crianças se escondiam e mulheres choravam, havia confusão e
correria para todos os lados, homens tentavam apagar o fogo de algumas casas,
outros prestavam socorros aos feridos, a maioria das pessoas estavam
concentradas próximo ao grande salão de Eldored. Adiantaram os cavalos e
ninguém se deu ao trabalho de interceptá-los. Quando o Velho Lamm estava pronto
para descer de seu cavalo, Torkild chamou sua atenção.
- Olhe. – apontou para
uma cruz de madeira fincada no centro da propriedade.
- Olaf... – Disse o Velho
Lamm descendo de seu cavalo e dirigindo-se a pessoa mais próxima.
- O que houve aqui? – Era
um dos guerreiros de Eldored, estava com o rosto suado e sujo, mas não ferido.
- Senhor Lamm, o velho –
disse o homem ao reconhecer imediatamente quem lhe falava. – fomos atacados,
senhor, homens da cruz vieram até nós. – apontou para a cruz.
- Estou vendo, rapaz,
qual o seu nome?
- Astur, senhor.
- Conte-me o que houve
aqui.
- Sim... Por onde posso
começar? Uma comitiva chegou até nós exigindo falar com o senhor Eldored, ele
os recebeu e não nos preocupamos, até que gritos de terror surgiram do grande
salão...
- Quantos eram?
- Quinze, talvez mais.
- E não se preocuparam?
- Ah... – Astur encabulou-se...
Torkild prosseguiu a conversa.
- O passado pertence ao
Hel, continue sua historia.
- Sim, senhor... Então,
os gritos vieram, eles bloquearam as portas e não pudemos fazer nada! Depois
saíram, queimando tudo, quando encontramos nosso senhor, ele estava bastante
ferido no chão... Eles, eles deceparam-lhe a...
- Nós sabemos, apenas
continue. – Pediu Torkild.
-Bem, nós tentamos socorrê-lo,
nisso os homens aproveitaram para fazer o caos lá fora, quando saímos tudo
estava em chamas e essa maldita cruz esta... – Astur foi interrompido por
Eldorin, filho de Eldored.
- Velho Lamm! Aos Deuses,
você está aqui. – Eldorin estava ferido, mas mantinha-se integro, correu na
direção deles – fomos atacados, meu pai está muito ferido, mas ainda está
consciente... Ele foi torturado! – os cachos dourados caiam sujos de sangue e
cinzas, a pouca barba loira parecia grisalha.
- Leve-nos até ele.
Torkild, Esgmund, venham comigo, o resto de vocês fiquem aqui, prestem
assistência e fiquem atentos!
Seguiram, passando entre
o caos, as pessoas davam espaço quando viam de quem se tratava. O salão
cheirava a cinzas e ao cheiro forte de ferro do sangue derramado. Sentado ali
no centro de tudo, estava Eldored, um jovem curandeiro e duas mulheres tentavam
cuidar de seus ferimentos, na extremidade do braço direito havia um cotoco
enfaixado em panos onde estavam derramando água fervida. Uma das empregadas
constantemente ia e vinha para restabelecer o volume de água quente que
rapidamente se esvaia na limpeza do ferimento. Eldored viu a chegada deles e os
olhou com um olhar cansado, sofrido, como se sua cara tivesse sido pisoteada
por um cavalo de guerra.
- Lamm... Você aqui... –
suspirou, sem forças para mandar os ajudantes saírem de perto. – O maldito Olaf
veio deixar aquela mensagem... Você sabe, recebemos notícias de toda a Noruega,
você sabe o que ele tem feito... Bem, parece que chegou a hora dele jogar a
crença do seu Deus sobre nós... A qualquer custo.
- Foi ele que fez isso? –
Velho Lamm sabia que tinha sido ele, mas era inaceitável crer nisso, mesmo com
os boatos percorrendo toda a terra fria, era intolerável que um desgraçado
desses continuasse a fazer essa maldição quando o que precisavam era unir as
forças com o inimigo em comum do outro lado do mar.
Torkild adiantou-se e
disse:
- Isso não ficará assim,
Eldored, dou a minha palavra, em sua honra e em memória a Eldar, Olaf e seu
Deus doentio não conheceram mais a paz.
O Velho Lamm olhou para
seu filho, com aquele olhar de ‘’não adiante as coisas’’, mas era a verdade,
isso não podia ser deixado passar, Olaf precisará pagar pelo que fez.
- Ele disse que você será
o próximo, Lamm. – Disse Eldored enquanto ele devaneava. – Ele tem medo de
você, mas esta reunindo forças, Lamm, ele cairá sobre você. Ele quer acabar
conosco, Lamm, ele sabe que nós somos os poucos que ainda seguem o valor dos
nossos deuses nórdicos. Apesar dos templos cristãos que eles levantaram em
nossa terra, ele sabe que nosso povo não aceitou essa crença em um Deus
pregado, sabe que a qualquer momento perderá esses seguidores. Ele precisa
apagar cada grande influente nórdica, para que não haja mais... – tosse, se
engasga, até trazerem uma caneca de água para ajudar a respirar melhor, se
ajeita um pouco na cadeira, fazendo caretas enquanto manipula o membro ferido,
e então retoma. – para que não tenha mais chance da crença nórdica retomar seu
lugar. Ele quer nos apagar, Lamm, vai vir a cada um de nós para obrigar-nos a
aceitar o seu maldito deus, como tem feito com os outros, como fez comigo, mas
eu não... Eu pertenço ao deus de um olho só.
A chuva começou a cair
forte e logo o fogo foi controlado, muito da fazenda havia sido prejudicada,
Eldored dormia enquanto Torkild e o Velho Lamm conversavam.
- Não podemos deixá-los
aqui, precisam vir conosco, Larza já estará em segurança em nossas terras. –
Disse Torkild.
- Sim, precisam... –
Falou Lamm, pensativo. – Duvido muito que Eldored concorde com isso, não
abandonara sua terra a nenhum custo.
- Ele está ferido, isso
será justificável, será apenas durante sua recuperação. Ainda assim, não creio
que seja seguro deixar seu filho Eldorin aqui, ele ainda não tem idade para
controlar a fazenda.
- Então deixaremos alguém
de nossa confiança aqui, talvez você, mas não posso deixá-lo aqui, preciso de
você para o que se seguirá. Esgmund ficará aqui, ele é forte e tem sabedoria
para comandar homens, também deixaremos uma força aqui, até as coisas retomarem
sua caminhada. Fale com Eldorin, quero que ele venha conosco, precisa de
treinamento e preparo, precisa ser um guerreiro, como o irmão e o pai.
Torkild encontrou Eldorin
do lado de fora do grande salão, em um banco sob o teto de madeira. A confusão
toda já tinha passado e a chuva havia chegado para amenizar o sofrimento, como
que o frio norueguês houvesse chegado para ajudar seus filhos. Olhava para a
chuva. Aproximou-se dele, ia sentar no banco, mas não havia espaço suficiente,
sentou então ao lado dele, na terra mesmo. Sentiu uma leve pontada na perna,
sentou, deixou esta esticada enquanto dobrou a outra. A chuva ficou molhando
sua bota.
- Eu gosto da chuva –
disse Eldorin, quando percebeu a intenção de Torkild, afinal, ele não sentaria
a seu lado se não fosse para ter com ele uma conversa.
- Também gosto da chuva.
Acalma minha alma.
Eldorin levantou-se,
tinha uma machadinha na cintura. A cruz ainda estava lá, ele foi em sua
direção. Tirou a machadinha e começou a acertar a cruz, uma, duas, três vezes
bateu na madeira, tirando lascas, abrindo-a, rachando aos poucos. Cansou.
Largou a machadinha na terra molhada e agarrou a cruz, empurrando com o pé a
outra parte, para tentar arrancar o pedaço. Torkild observava tudo ali, não se
importando se estava se encharcando na chuva, sacou sua espada e partiu o
pedaço da madeira que faltava para derrubar a cruz. Eldorin foi ao chão,
agarrado ao pedaço de madeira no qual lutava. Torkild o ajudou a se levantar.
Eldorin disse:
- A chuva – ofegou um
pouco - é como se ela nos entendesse não é? Como se elas nos consolasse... Fico
pensando como teria sido se meu irmão estivesse aqui. Eu não pude fazer nada...
- Não pode, você não é
capaz. – Disse Torkild. Eldorin olhou para ele com ressentimento. – Por isso
vim aqui pedir para que venha conosco, precisa de treinamento, Eldorin, precisa
tornar-se o guerreiro líder da terra de seu pai. Comigo você terá isso, sei que
Eldar gostaria disso.
Eldorin permaneceu em
silêncio, mas sabia que Torkild tinha razão, seus treinamentos cessaram com a
partida do irmão e os muitos guerreiros de seu pai. As manhãs que acordava para
o treinamento em seu lar, as pequenas missões realizadas foram deixadas de
lado, e logo perdeu o ritmo que precisava ter para continuar a crescer como
guerreiro, talvez se realmente fosse com Torkild...
- Eu irei.
Torkild sorriu, ele viu
Eldar ali.
O Velho Lamm convenceu
Eldored de seu plano, e no dia seguinte partiram cedo, mandara Esgmund trazer
mais homens para escoltá-los e depois retornar a propriedade para protegê-la e
administrá-la. Ao longo da viagem, na carroça preparada para levar Eldored, ele
disse ao Velho Lamm:
-Você é um verdadeiro
irmão nórdico, Lamm, um verdadeiro irmão nórdico.
-Você também é, velho
amigo.
-Estou em dívida com
você.
-Nada que eu já não
estivesse se contar às vezes que você já salvou a mim em uma parede de escudos.
– Riu Lamm.
-Você já fez o mesmo,
desgraçado! São tempos difíceis, e você, como eu, compartilhamos da mesma dor,
amigo. Nossos filhos e agora isso... O que os deuses querem de nós?
-Eles querem que nós
ajamos, eles querem vingança.
O Sol estava no centro do
céu quando finalmente chegaram a propriedade dos Land. As pessoas estavam um
pouco apreensivas e ansiosas pelo retorno deles. Nesse tipo de ocasião não
existe estrada segura a ser percorrida. Lamark estava entre eles, observando a
chegada, procurando imediatamente o rosto do pai e irmão. Foi recebê-los.
- O que se deu lá? –
Perguntou ao Velho Lamm.
- Nada que Esgmund já não
tenha lhe contado, Olaf atacou a fazenda, torturou Eldored, eles irão passar um
tempo aqui, Esgmund e os outros irão administrar a fazenda durante esse tempo.
Eldorin ficará conosco, precisa ser preparado, e sobre aquela viagem, quero que
ele vá com vocês, agora, pegou o mensageiro?
- Peguei, guardei-o para
você.
- Conseguiu seu nome?
-Vários falsos, um
verdadeiro, Thir.
- Certo, e você pequeno
guerreiro, como vai? – Disse o Velho Lamm ao rever o neto, bagunçou lhe o
cabelo e cumprimentou Silned. – Minha querida, como esta Larza? Porque ela não
está aqui?
- Esta trancada,
apavorada, quando soube o que houve pelos homens de Esgmund, ficou apavorada no
quarto, ela e o bebê não saem de lá. Pediu que deixasse dois homens guardando o
quarto.
- É uma pena... Faça como
ela quiser, diga para alguém avisá-la que Eldored está aqui.
Eldorin desceu de seu
cavalo e cumprimentou seus anfitriões.
- Seja bem vindo,
Eldorin. – Disse Lamark, o recebendo.
- Sou muito grato, Lamark
Landson, por tudo.
Lamark o guiou até o seu
cômodo, era em uma cabana de madeira, o teto de palha, mas tudo bem resistente
e com ótima aparência.
-Aqui, este será seu
lugar, pode tomar como seu, ponha seus pertences aqui e descanse.
Eldorin agradeceu. Lamark
Saiu da cabana, indo encontrar-se com Torkild que o esperava, enquanto desatava
sua pequena bagagem do cavalo.
- Olaf atacou e torturou
Eldored. Conseguiu pegar o mensageiro?
- Nosso velho me contou.
Sim, guardei para vocês darem uma olhada.
- Precisamos decidir o
que fazer, isso não poderá ficar assim, Lamark.
- E não vai, o velho
ainda ira te contar sobre o seu sonho.
Torkild havia se
esquecido do sonho do pai e do que ele desejava tanto contar no dia anterior. Os
últimos acontecimentos lhe reviravam os miolos. Eldored e os demais já estavam
hospedados, foi preparado o banquete, onde a maioria estava faminta e fraca,
era necessário repor as forças. Eldored foi à mesa, negando-se a ficar no
quarto. Comeu pouco, mas comeu. Ficou ao lado do Velho Lamm e durante a
refeição, conversaram bastante, na medida do possível. Lamark e Torkild não
conversaram muito, Eldorin permaneceu em silêncio. Silned não estava ali,
optara por comer com Larza em seu quarto, esta estava muito fragilizada. Quando
todos comeram o que tinham de comer, o Velho Lamm levantou-se e disse:
- Lamark, leve-nos ao
miserável.
Lamark levou o velho Lamm
e os outros, incluindo Eldored, que fez questão de ir ao mensageiro cativo.
Estava em uma cabana velha do outro lado da propriedade, havia deixado um homem
vigiando-a, acenou com a cabeça e deu espaço para que eles passassem. No escuro
sujo e úmido, amarrado como um porco, estava Thir. Ele não gostou muito de
perceber que havia visita. Acenderam a lareira e colocaram-no sentado, para que
assim pudessem conversar. Lamm pediu que tirassem a mordaça. Thir respirou
fundo e começou a falar com rapidez, topando nas palavras.
- Senhor, ó, grande Lamm
e... – Ficou pálido quando viu Eldored, supostamente concluindo que não havia
como tentar mentir e convencê-los de que não esteve na propriedade dele.
Engoliu em seco. – Eldored, olha, todos vocês, eu, eu só obedeci ordens, eu
precisei... – Começou a chorar. O velho Lamm olhou para os outros, riu dizendo:
- Ah, e eu nem comecei a
falar! – Riu e socou o rosto de Thir, deixando uma bolota inchada embaixo do
olho esquerdo. – Calado, desgraçado – socou outra vez. E mais uma vez. Thir
deixou um dente cair de sua boca. – Pronto, agora podemos conversar, tudo bem?
Thir concordou, e o velho
continuou.
- Trabalha para Olaf?
- Sim.
- Então foi ele o
responsável por toda essa atrocidade? Qual a razão disso?
- Eu não sei... Eu – O
velho Lamm socou-o, Thir respirou fundo, e Lamm acertou outro soco.
- Eu não terei paciência
com você, agora, responda a razão disso.
Thir ainda quis pensar em
se fazer de difícil, mas a quem ele queria enganar?
- Rei Olaf quer salvar
esse povo, ele quer trazer a palavra de Jesus. E ele fará tudo o que for
possível para que isso aconteça. Nós somos um povo condenado! – Quis se exaltar
– e só a palavra dele poderá nos salvar desses costumes antigos!
Lamm acertou um ponta-pé,
lançando Thir, com cadeira e mordaça, ao chão.
- Ele disse rei? –
Perguntou Eldored.
- Você disse rei? –
Perguntou Lamm, pisando em seu rosto contra o chão.
- N N N N não...!
- Ele disse rei –
confirmou Lamark.
- Alguém aqui está
mentindo – pisou mais forte. – Esse desgraçado acha que é um rei?
- Ele é. – Thir fechou os
olhos, pronto para o golpe que com toda certeza, lhe deixaria inconsciente, mas
nada veio, o Velho Lamm suspirou.
- O desgraçado, teve o
debate onde todos nós discutimos isso, lembram-se, não é? Esse miserável quis
nos impor essa religião, alterando até mesmo nossas leis, mas a maioria
concordou que cada um iria ter o direito de seguir o costume que decidisse. E
ele estava lá, ele concordou e nos deixou em paz! Porque não deixa isso de
lado? Aceitamos as malditas igrejas, porque agora querem nossos espíritos
também? A alma de um guerreiro pertence a Odin, Thir, e eu quero que você diga
isso a Olaf, ouviu?
Thir arregalou os olhos,
iria sobreviver? Não podia acreditar, apressou em concordar, balançando a
cabeça em confirmação. Os outros olharam com certa indignação para o Velho
Lamm.
- Pai, Eldored... – Quis
dizer Torkild.
- Sim, eu sei, eu sei,
tragam-me um machado. Thir, você partirá em alguns dias, após seu ferimento ter
sido curado.
Lamark sorriu, achou que
os olhos de Thir iriam pular fora de sua cabeça. Eldorin falou:
- Senhor, deixe que eu
tome parte disso, pela nossa família. – O velho Lamm concordou, passou o
machado que havia acabado de lhe trazer, para ele. Ainda era jovem, mas logo se
tornaria homem. Tomou o machado e olhou para o pai, que acenou com a cabeça.
Não foi essa a intenção dele, queria que lhe dissessem aonde deveria cortar,
mas já estava parecendo tão confiante, seria a mão, como fizeram ao pai.
Torkild soltou uma das
mãos e a pôs em cima da cadeira em que Thir estava. Olhou para Eldorin e
confirmou. – Agora.
Eldorin respirou fundo,
segurou o braço do machado com as duas mãos, firme, nunca havia feito isso,
pensava ‘’ aja, depois pense, aja, apenas isso’’, e foi. Desceu o machado um
pouco acima da mão, acertando em cheio, porém, a força não foi suficiente para
partir completamente o membro. Thir guinchou de dor. Eldorin suou frio, quis se
atrapalhar, mas algo nele não deixou que isso acontecesse. Foi em frente e
desferiu o segundo golpe, errando o primeiro corte, abriu outra grande fissura
no ante-braço de Thir, esse gritava como um animal parindo. Eldorin sequer
pensou e desferiu o terceiro golpe, dessa vez, partindo o que ainda havia de se
partir, nem soube se foi através do primeiro corte ou do segundo, apenas
partiu. O machado fincou na cadeira de madeira. Thir virou-se agarrando o
cotoco do braço.
O Velho Lamm mandou que levassem Thir e
fizesse os cuidados necessários para que sobrevivesse. Lá fora já era noite. A
brisa fria os convidava a saírem da cabana suja e velha. O Velho Lamm estava
pesaroso, disse:
-
Venham, todos vocês, há algo que quero contar. Sobre o certo sonho. Acho que
agora é o momento. Venham comigo, Lamark, ajude Eldored.
Caminharam
juntos ao longo da propriedade, por todos os lados, tochas já estavam sendo
acessas para iluminarem o lugar. Passaram pelo grande salão, indo em direção a
árvore Skald. Já haviam acedido algumas tochas por lá e o Velho Lamm ordenou
que fosse feita uma fogueira ali. Foi o tempo que levou para Eldored chegar lá
com calma, sem esforço. Sentaram todos ao redor da fogueira recém acessa.
Beberam um pouco de hidromel e conversaram até os ânimos se acalmarem. Foram
dias cheios. Eldorin estava nervoso.
O
Velho Lamm tomou a palavra.
-Bem,
amigos, há algo que preciso compartilhar com vocês, algo que pode definir
muitas coisas daqui pra frente. Odin falou comigo e foi da seguinte forma...
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