terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Seja um guerreiro VII

           Todos ficaram em silêncio após o fim de suas palavras, refletiram no que dizer, no que cogitar, a partir de onde poderiam começar? Ninguém chegou a duvidar da veracidade do acontecimento. Então essa era a sina que as Norns, fiandeiras do destino, revelaram para eles. Eldored foi o que primeiro falou.
            - Lamm, não tenho duvidas de que você tenha sido escolhido para ouvir Ele. Você é um verdadeiro irmão nórdico e é digno disso, acredito em você. Terá minha ajuda no que for necessário que seja feito. Estou com você.
            - Sei que posso contar com você, irmão, e com o seu filho também. – Lançou um olhar convidativo a Eldorin.
            - Sou a vontade de meu pai, Grande Lamm, e estarei com você. – Apressou-se a dizer.
            - Ah! Eu o mataria se não estivesse! – Riu Eldored, se arrependendo disso, encolheu-se e respirou devagar, até voltar ao normal. Assim que recobrou, disse:
- Valsgarde? – O Velho Lamm confirmou.
- Na Suécia, próximo do rio Fyris, no lago Malarem, onde há o Gamla Upsala, em Uppland.  – Explicou Torkild.
- Ora, mas então é em Upsala... – Concluiu o Velho Lamm. Gamla Upsala é um grande ponto religioso e econômico da Escandinávia. Sua grandeza é tanta que dizem que Odin já chegou a viver lá. – Faz sentido, se o que procuramos é esse artefato poderoso.
- Sim, mas nunca cheguei em Valsgarde, você já foi até lá? – Perguntou Torkild.
- Ah, não, meu filho, eu e os outros também já fomos a Gamla Upsala, quando houve o grande chamado, porém nunca chegamos a Valsgarde, sabe-se que é um cemitério de barcos. 
- Então será em um desses barcos que encontraremos Balmung? – Perguntou Lamark.
- É provável que seja isso o que queira dizer. – Disse o velho.
-Então iremos até lá e a encontraremos. Precisamos decidir quando e como. – Prosseguiu Lamark.
- Sim, daria uma boa caminhada daqui até lá, mas seria bastante inviável com o que Olaf anda planejando fazer contra nós. – Disse Torkild.
- Torkild tem razão, a viagem precisará ser por mar. Iremos após o yule, dois barcos farão o percurso. Torkild, Lamark, vocês irão liderar essa comitiva, Eldorin, quero que vá com eles.
Espanto e surpresa surgiram entre eles. Como o Velho Lamm, aquele que falou com Odin, não irá?
- Você não irá? – Disse Lamark.
- É obvio que não. Eu não sirvo mais para isso, Lamark. Eu sei que isso não está destinado a mim, mas a vocês, aqueles que podem assumir o poder e ir à guerra. E é você Lamark que fará isso. Torkild, Lamark precisará de você quando eu não estiver mais ao lado de vocês, vá e seja o braço forte dessa missão e você Eldorin, aprenderá e crescerá com eles dois. Juntos, mudarão o destino não só da Noruega, mas de toda a Escandinávia. A vontade do Deus de um olho só será realizada.
            E estava decidido, não havia mais nada a ser dito. Entraram muito na noite e todos estavam exaustos, apesar de terem comido e bebido durante o debate, o sono os atingia, dessa forma, trataram de se recolher para no dia seguinte começar os preparativos. Ainda havia alguns meses para o yule, tempo para descanso e preparo. Quando todos estavam saindo, o velho Lamm preferiu ficar para trás, indo a sua cabana, mexer em alguns mapas e pergaminhos que guardava ali. Chamou Torkild.
            - Torkild, venha aqui. – Este obedeceu. – Quero lhe pedir uma coisa. Esgmund irá demorar a voltar para cá, preciso que nossos guerreiros sejam treinados e o único com experiência de guerra próximo a dele é você, pode assumir isso?
            - Sim, pai. – Disse, sentia-se um pouco ressentido. A escolha do pai, a escolha de Odin. Não era ele. Lamm, como lendo sua mente, disse:
- E sobre a espada. Ela não se destina você, no entanto, prevejo um propósito muito importante nessa história para você.
-Eu entendo, pai. – Para ele aquelas eram apenas palavras de consolo, isso não faria diferença, ele iria ajudá-los de qualquer forma. Seguiu para o salão, a movimentação era pouca por ali, a maioria já havia se retirado para dormir, enquanto caminhava, ouviu um choro vindo de um dos cômodos, resolveu verificar. Aproximando-se viu Larza pela porta entre aberta. Dois homens guardavam a porta no corredor, como ela havia pedido, um deles disse:
- Esta chorando a um bom tempo, senhor. Silned tentou tranquilizá-la, mas ela não tem conversa.
- Vou me atrever a entrar. – Disse Torkild, adiantou-se abrindo a porta, entrou no cômodo, devagar, para não surpreende-la. Larza estava sentada na cama, chorando constantemente, não daqueles choros escandalosos, mas um choro fraco e continuo. Sequer reparou em sua chegada. Sentou ao seu lado e disse:
- Larza. – Ela abriu os olhos e parou de chorar imediatamente. Eles estavam vermelhos e vidrados.
- O que você quer? – havia raiva em sua voz, ela não parecia nem um pouco amistosa.
- Eu ouvi você chorar...
- Eu sei de alguém que não pode mais me ouvir, Torkild! – Disse, voltando a deixar correr lágrimas por seu rosto. – Eu sei de alguém que devia estar aqui e não está,  eu sei! – começou a se exaltar.
- Larza, precisa se acalmar. – Torkild sabia que era tarde demais, tentou tocar-lhe o ombro mas isso só piorou.
- Não! Não! Não acredito que você até isso quer tomar dele! Ah, não! – Começou a gritar e a chorar, levantou-se correndo indo se encolher do outro lado do cômodo. A criança acordará com todo o barulho e começava a chorar também – Não, não, onde está meu Eldar para me proteger? Onde?
- Larza, ninguém aqui quer te fazer mal, Larza...! – Em vão, Larza continua seu choro.
- Saia daqui! Você não devia ter voltado! Nunca devia ter voltado! Saia daqui! – Gritava – Vá embora, você devia estar no lugar dele na hora de sua morte! Você!
Naquele momento os gritos, os choros, tudo estava diminuindo, o som estava ficando baixo, distante, raiva, ele sentia, muita raiva. Como uma inundação, passando por todo seu corpo, uma enchente percorrendo cada membro, músculos, braços, dedos, agarrou a gola de seu vestido e puxou a para próximo de seu rosto, vermelho e irado. 
- Chega! – rugiu como um dragão, deixando Larza lívida e mais branca do poderia se imaginar, largou-a na cama com força, silenciosa e petrificada. Lamark apareceu à porta, Silned passou por ele e se apressou para dentro do cômodo, indo acalmar Larza, que na verdade, já estava bem calma.
- Esta tudo bem? – perguntou Lamark.
- Terminamos por aqui. – Respondeu Torkild, passando por ele. Lamark seguiu e o reteve no corredor.
- Irmão.
- Eu já disse que terminamos por aqui. – virou-se e caminhou sozinho até alcançar a porta do grande salão, agora pouco iluminado, e sair. Lamark observou ele partir, alguém frio indo para o frio, era esse o caminho das coisas, os seus passos martelando o chão de madeira, perdendo-se assim que encontrou a noite lá fora.
Naquela manhã, uma manhã fria e escura, não por ter algum motivo sinistro ou por alguma causa maligna, simplesmente por ser assim em tempos de inverno. Caminhando em direção a um lugar mais reservado da propriedade dos Land, Eldored carregava a carranca mais pesada do que qualquer escudo que já tenha erguido com seu braço em dias de força. Seguido por Eldorin, com aquele sentimento de que ele é culpado por alguma coisa mas não sabe do que, o que lhe ocupou a mente durante todo o caminho, vasculhando nas ultimas lembranças e ações o que pode ter feito para irritar tanto o pai. Então parou, seu pai achou um lugar um tanto reservado para os dois conversarem, era na beira das águas de um grande fiorde onde impunha o limite a terra dos Land, em suas margens muitos barcos pequenos encalhados, alguns de pesca, outros para simples passeios, na ocasião, ninguém estava por ali trabalhando. Eldored virou-se para Eldorin irado e disse:
- Você soube o que aquela desmiolada fez? – Perguntou e Eldorin soube que ele não devia falar nada, só concordar rapidamente e deixar o pai desabafar a raiva que sentia.  – Essa ingrata, sabe-se lá porque, reagiu como uma cobra em cima de Torkild! O filho do nosso anfitrião, o que seriamos de nós se o Velho nos chutasse? E eu digo a você, Eldorin, que eu teria feito isso se alguém desrespeitasse meu filho como ela fez! – levantava a mão para a cabeça e coçava o cavanhaque velho, preocupado e irritado. – Que vergonha, que vergonha ela me fez! Eu devia pegar o pequeno e jogar ela para os lobos, mas que maldição! Que desrespeito a mim e a nossos companheiros... Ah! Basta! – Disse para si mesmo, acalmando-se. – Eldorin, você precisa ir desculpar-se com Torkild por essa terrível falha de Larza, e como minha nora, estamos responsáveis por ela, isso inclui essa atitude miserável!
Eldorin sabia pelo que Larza havia passado e tudo que carregou desde que seu irmão, Eldar, morreu, foi difícil e ele compreendia os motivos para estar com seu emocional devastado. Mas não iria falar nada, obvio, isso não competia a ele, e de qualquer forma, o pai tinha razão, estavam sob a proteção dos Land, e Larza cuspiu no prato em que comia.
- Farei isso – disse. O pai olhou-o, pôs a mão em seu ombro.
- Gosto como você esta assumindo seu papel nessa historia, Eldorin, estou orgulhoso disso, continue assim.
Fizeram o caminho de volta, passando por toda a propriedade, atravessando a fazenda e os muitos moradores. Alguns os olhavam de forma estranha, principalmente para o braço de Eldored, escondido entre as várias dobras de pele que vestia. Todos sabiam da historia, e tinham muito respeito por ele, a maioria tentava ajudar durante o percurso, mas ele já estava bem, nesses dias tentara portar uma espada, mas vinha sempre em mente que ele não tinha mais idade para se preocupar em empunhar mais arma alguma. Pelo resto daquele dia o Velho Lamm não o tratou de forma estranha, agiu como se nada houvesse acontecido e ainda soltou uma nota de que não se preocupasse com o ocorrido, que aquilo era compreensível. Mais tarde, Eldorin resolveu andar mais um pouco pela propriedade e procurar Torkild, este andava um tanto ocupado nos treinamentos, agora que era um senhor das armas temporário. Não o encontrou no campo de treino próximo ao salão principal, voltando a uma caminhada desinteressada em chegar a lugar algum, simplesmente em caminhar. Porém o achou, estava perto dos estábulos, preparando dois cavalos. Um deles carregava suprimentos e bagagens, o que seria aquilo, ele iria partir? Apressou os passos e o alcançou, chamando-o.
- Torkild. – Este parou de amarrar alguma das bagagens e o olhou.
- Eldorin, bom vê-lo.
- Meu pai pediu para falar com você, tem esse momento? – olhou para o cavalo – ou esta de saída?
- Tenho esse momento e estou de saída – sorriu – venha comigo, é um caminho tranquilo para cavalgarmos juntos e conversarmos.
Já estava escurecendo, mas como poderia negar? Tinha de ir. Concordou e assumiu um dos cavalos. Torkild terminou de preparar o que faltava e também montou, passou a frente de Eldorin e seguiu o caminho até saírem da propriedade, onde reteve mais o passo para que cavalgassem lado a lado. Ficaram em silencio enquanto seguiam a trilha que levava até a cidade mais próxima, Sciringesheal. Apesar do inverno e da escuridão que se alongava durante os dias, o céu estava sendo pontilhado por estrelas e, quando caiu definitivamente a noite, não estava de todo escuro, sendo possível enxergar bem a região, sob aquela frágil luz pálida. Torkild quebrou o silêncio.
- Seja um guerreiro.
- Quem, eu? – surpreendeu-se com a fala. Torkild o olhou com uma cara que dizia muitas coisas, mas Eldorin não conseguiu observar feição alguma naquela noite, Torkild repetiu.
- Seja um guerreiro, como seu irmão, só que melhor. Você é capaz. E seja forte, você vai precisar.
- Do que você esta falando? – Mais uma vez Eldorin não leu as feições de Torkild, este apenas continuou.
- Sobre Larza – deixou o nome soar um pouco na noite, isso Eldorin captou e ficou satisfeito por ele ter abordado logo o assunto, primeiro por não estar entendendo muito o que ele queria dizer e depois por não imaginar como ter aquela conversa com ele.
- Meu pai pede desculpas, em nome dela, é nossa responsabili... – foi interrompido.
- Não se preocupe Eld, esta tudo bem, ela tem razão, eu entendo, deixemos isso para trás. Esta é uma grande noite, você conhecerá um amigo meu.
- Amigo?
- Mais ou menos – e sorriu, agora já conseguia ver suas expressões, pois as luzes da cidade já estavam iluminando-os, estavam cavalgando agora dentro da cidade, nesse horário, ainda havia algum movimento por ela, mas a maioria já estava se recolhendo, o que deixava a maioria das ruas vazias. Era cheia de casas de madeira e casebres de palha, mais ao centro encontravam-se edifícios mais elaborados, próximos ao porto. Tomaram algumas ruas até alcançarem uma taverna, um edifício com primeiro andar, provavelmente onde alugava alguns quartos para os viajantes que passavam pela região. Prenderam os cavalos em uma cobertura protegida do frio onde um velho tão magro quanto a vara em que se apoiava, guardava o lugar, Torkild deu alguma moeda qualquer a ele e entraram.
O ambiente dentro era como todas as tavernas da época, sujo e divertido, havia alguma musica tocada em um tamborete de couro, em uma das extremidades tinha um balcão onde eram servidas as bebidas e as eventuais comidas que pediam, na outra extremidade existia uma escada que deveria levar para alguns quartos, entre isso, muitas mesas enchiam o lugar. Quando entraram quase pisaram em canecas quebradas pelo chão, onde uma mulher varria os cacos, era bonita, bonita até demais para estar varrendo, sua roupa era de camponesa, mas era um pouco diferente, se ajustava muito bem ao corpo e a frente dele um decote revelava seios fartos que por pouco não estavam congelados pelo frio, ela parou e olhou para os recém chegados, sorriu para Torkild e o jovem.
- Torkild, trouxe um presentinho, foi? – olhou para Eldorin, aquilo o encabulou, deixando-o vermelho, ela reparou ainda mais nele. – é a primeira vez? Mas é tão bonito – riu.
Então Eldorin entendeu que aquilo não era lá uma taverna, reparando então o lugar percebeu que por todos os lados havia realmente mais mulheres que homens, umas sentadas no colo de uns, outras em cima de algumas mesas, esta ultima, estava com os pequenos peitos para fora do corpete de couro que os prendiam firmes e duros. Eldorin sorriu desajeitado e sentiu um calor agradável percorrer suas pernas. Porém o tapa de Torkild as suas costas o trouxe de volta.
- Esse ainda terá muito tempo para isso, mas hoje não, Esfir, onde está Crane?
Esfir fez uma cara de desgosto ao ouvir esse nome, apontou para o canto da taverna, em uma das mesas que se encontravam embaixo da escada. Sentado de costas para eles, um homem discutia com uma das prostitutas.
- Você me deve! Não pagou da ultima vez e essa não vai ficar assim!
- Já disse que não tenho nada, já disse! – dizia o homem. A puta apontou para as quatro canecas em cima da mesa.
- E com que maldito trocado você pagou isso? Eu quero meu dinheiro! – ela pegou uma das canecas, a única cheia, e jogou em seu rosto o que ainda havia nela. Ele levantou-se da mesa para acertar a garota com uma tapa com o punho fechado, provavelmente intencionando arrancar alguns dentes.
- Puta desgraçada! Deveria agradecer por meu pau entr...
- Crane. – Interrompeu Torkild, segurando seu punho.
Apesar de não ser tão velho, o cabelo que escorria da cabeça aos ombros era mais branco que loiro, a barba grisalha, os olhos fundos, típico dos bêbados que passam a noite em claro acompanhados de sua fiel caneca. Vestia um couro surrado, indicando que já viajou muito por essas terras e além delas também. No cinto tinha preso um machado, há quem diga que não é uma arma tão eficiente, mas este sabia fazer um belo estrago com aquilo. Crane olhou Torkild, ficou em silêncio, arrancou a mão que segurava e sentou-se. Torkild pagou a garota e esta foi embora, Esfir a acompanhou, ele indicou que Eldorin puxasse uma outra cadeira e sentou-se.
            - Raios e trovões, Tork, podia jurar aos raios que saem da bunda de Thor que você já estava enterrado, mas que desgraçado! Achei que havia me livrado de você.
            - Ainda não, Crane, é preciso de um pouco mais que isso para me ver enterrado.
            - Que maravilha – disse indignado – quando você voltou? E quem é esse biruta ai?
            - É irmão de Eldar. – respondeu Torkild, Crane fez outra cara feia.
            - Vocês não cansam de me encher? Quando penso que estou livre de você e dele, me aparece, você e o irmão dele! – Ri e pede outra caneca, Torkild olha para Esfir e faz sinal negativo, aquilo irrita ainda mais Crane. – Que diabos, Tork, ok, vamos lá, o que você quer agora de mim?
            - Estou pensando, Crane – Torkild tira uma grande navalha que carrega a cintura, junto de sua espada, a finca na mesa e sorri. – Estou pensando em qual de suas cabeças eu devo arrancar, o que acha?
- Tork, vamos lá, tudo bem, tudo bem, eu sei que sou azedo como um bode, em que posso ajudar?
            - Quando você vai partir?
            - Eu devo partir amanhã mesmo, tudo pronto, na verdade, estava me dando uma noite de desconto antes do trabalho duro até você aparecer e estragar tudo.
            - Qual os planos de viagem? – Continuou Torkild.
            - Ahn, o de sempre Tork, partimos daqui, vemos se encontramos alguns desgraçados, se interceptamos algum barco próximo das águas irlandesas e inglesas e no fim do percurso, temos um estoque de peles e outras porcarias para trocarmos.
            - Muito bem, quero que leve ele.
            - O que? – Disse Eldorin.
            - Hein? – Disse Crane. – Quer que eu leve ele? Quer que eu o deixe em algum porto? Você sabe que pode arranjar outros melhores para levá-lo.
            - Não, leve-o, meta-o em algumas encrencas, azucrine-o, pode usar para assumir os remos, ele ira gostar. – virou-se e sorriu para Eldorin.
            - Eu, eu vou com ele? Mas...
            - Vai, e vai tornar-se um guerreiro.
***
            Sentados em sua barraca, com vários mapas estendidos sobre a superfície plana da mesa, com um prato com vários ossos de lebre ruídos e uma ou outra garrafa vazia, estava o velho Lamm e Eldored.
            - Tem certeza disso? Eldorin pode não sobreviver, seria bom algum treino antes disso. – disse o velho Lamm.
            - Não, prefiro assim. – responde Eldored. – eu faço questão de que seja assim.