A costa rochosa da Irlanda não
passava de um borrão cinzento no horizonte enquanto navegavam de volta a
Noruega. O céu estava nublado e uma leve névoa ficou para trás quando eles
alcançaram o mar aberto. Eldorin subia e descia os remos enquanto seu
pensamento ficava formigando sobre a conversa da noite anterior.
‘’ - Ela é filha de... de Torkil? – A surpresa tirou todo o sono e
cansaço que havia nele.
- Sim, porra, sim, ela é
– continuou Crane, tentando parar a dor de sua cabeça pressionando um pano sujo
contra sua testa. – há anos estou infiltrado nessa companhia para rastrear o
paradeiro dessa garota. Torkil não sabe disso.
- Como assim não sabe?
Como ela veio parar aqui? – as perguntas começavam a surgir loucas por mais e
mais respostas dessa triste história.
- Ah, garoto, você não
sabe da historia deles, não é? – Tossiu, e continuou. – Bem, eu poderia mandar
você à merda, mas precisamos fazer algo a respeito... bem, é, bem, eu vou dizer
o que aconteceu. Mas não espere muitos detalhes. Quando você ainda era um bebê
cagão, Torkil veio crescer, em meio a guerras e saques na costa da Inglaterra. Foi
a época em que ainda havia alguma esperança de conquistar as terras daqui. E
bem, nesse tempo foi possível colonizar muitas coisas pra esses lados. Ele veio
crescer junto de seu irmão Jortun, e o seu irmão, Eldar, veio pras bandas de cá
também passar um certo tempo. Nesse vai e vem, obvio que Torkil se interessou
por um traseiro estrangeiro. Eu não lembro de onde ela era. – parou um momento,
pensando, procurando recordar – ah, eu acho que era daqui mesmo, de Dublin.
Bem, era bem por ai que eles moravam. Enfim, Torkil, esse maluco, não é bem
como os outros, você sabe que ele tem um pouco de merda na cabeça. Ele tomou
essa garota como esposa e passaram a morar juntos e daí teve essa tal garota,
que agora chamam de Petri.
- E qual é o nome dela?
- Helga. Bem, ele teve
essa filha e viveu bem entre elas. Nunca deixou de ser guerreiro, sempre foi á
luta, eu reconheço, e nunca abandonou as duas, sempre voltava, entende? Ah, até
que um dia, bem, uma noite. Essa noite não procuram lembrar muito lá no norte, porque,
diabos, foi tudo de ruim. Um dos irlandeses, daqueles incomodados com a
presença escandinava, resolveu coagir e atacar enquanto os nórdicos estavam
fora. Eu não sei o que diabos eles tinham na cabeça, já que todos viviam em paz
naquelas terras de merda. Tocaram fogo na porra da fazenda de Torkil e sua
família. E ele nem estava lá. Quando voltou, só acho as cinzas e corpos
carbonizados. O de sua mulher com um pequeno pacote entre os braços, a provável
Helga que mal tinha seus dois anos. O Torkil pirou com essa merda, e quem não?
Ele matou os desgraçados que fizeram isso, claro, mas isso não trouxe sua
família de volta. E desde então ele é esse bode azedo.
- Mas, você não me
contou como essa garota é a Helga, como?
- Ah, garoto, você é um saco
de bode, hein. Há historias de que um dos camponeses se apiedou e levou essa
garota, mas não se apiedou o suficiente para vendê-la para um escravista, anos
depois. Ela chegou a crescer um pouco nessa vila só que sua beleza atraiu uns
bons olhares, até que foi parar nas mãos de Gorto, céus, aquele homem é pirado, ele adora essas
coisas com criança, entende? Aquele porco, eu tenho pena daquele miserável
quando Torkil pôr as mãos nele. Enfim, eu consegui pegar algumas informações
com uma das empregadas da casa do Gorto, a governanta, ou coisa do tipo, contou
a história de como aquela tal Petri chegou lá. As datas condizem, confirmou o
seu antigo nome e o que havia se passado na noite do incêndio, coisa que muitos
sabem mas ninguém comenta mais. Sabe que Gorto é um homem esperto, por isso
tratou de apagar esse nome antigo e por Petri pois sabia que seu rabo seria
perseguido quando alguém começasse a sentir o cheiro da merda que ele estava
fazendo. Consegui rastrear ela, a mando
de seu irmão, Eldar, ele pediu isso, Torkil nunca acreditou que ela pudesse
ainda estar viva. Eu segui isso em segredo mesmo após sua morte. Consegui
chegar até ela na ultima viagem, e ela me confirmou certas coisas de sua
infância que confirmam essa história, bem, já basta? Precisamos pensar no que
fazer, não podemos largar Helga lá.
- Não, não podemos –
apressou-se em dizer Eldorin, arrepiado com a idéia do que estava acontecendo
com a pobre garota. Não porque só tenha passado a se preocupar com ela após
saber que era filha de Torkil, já lamentava seu destino, porém, esteve tão
ocupado com o que tinha sucedido...
- Você vai voltar ao
Barriga Cheia amanhã, garoto.
- E deixar você aqui?
- É claro, porra, você
acha que Fior vai me deixar por o pé naquela merda? Eu estou fudido. Mas você
não, vá e volte pra Noruega, avise a Torkil tudo que descobrimos aqui. Fior não
desconfiará disso. ‘’
E
era isso o que estava fazendo. O coração estava pesado e seus olhos sempre se voltavam
inevitavelmente para a Irlanda que ia desaparecendo. Ia salvar Helga. O barco
deslizou suavemente até as águas escandinavas sem nenhum acontecimento
especial, os dias se passaram de forma vagarosa e tranquila, sequer parecia que
aqueles acontecimentos estávam em confronto. Eldorin não contou os dias para
saber precisamente quantos se passaram até voltar a sentir a brisa fria tocar
seu rosto e ver os grandes fiordes surgindo como dentes no horizonte. Estavam
sendo guiado pelas estrelas, era tempo em que o Sol mal se erguia e a maior
parte do tempo era noite no norte. Mas ainda assim avistaram ao longe as luzes
do porto e foram até lá, com calma e maestria, tomando cuidado para não
encalhar o barco nas águas rasas.
Aportaram
o barco, um velho vigia do porto veio recebê-los. Fior indicou que os demais
fossem ajudar a tirar as cargas, olhou para Eldorin como que insinuando que
fizesse o mesmo. Eldorin levantou-se e o encarou.
-
Não esqueci o que fez com ele. – E pulou fora do barco, seguindo sozinho pelo
porto.
Já
havia um tempo que não pisava ali, quanto tempo passou fora? Um mês, dois?
Seguiu pelo comércio, as coisas estavam movimentadas, pois, apesar de ser
noite, não quer dizer que esteja tarde. Estava tomando o caminho para a fazenda
do velho Lamm, mas reteve o passo. A fazenda de seu pai estava mais próxima.
Mudou o rumo e seguiu pensativo, seguindo a trilha enquanto ouvia os sussurros
do vento no seu ouvido, como se fosse uma longa conversa com um amigo. A
caminhada tranquila trazia uma sensação nostálgica de estar de volta e de não
estar de volta, de certa forma, ia matutando isso até alcançar a fazenda. Lá
havia movimento e as coisas estavam indo bem, o que o surpreendia, depois do
atentado, ficou a impressão em sua mente de que só encontraria destroços e
cinzas, mas não, Esgmund e seus homens estavam reconstruindo e dando rumo às
coisas. Quando se aproximou ouviu um dos guardas perguntar.
-
Quem vem ai na sombra e que interesses tem aqui?
-
Venho rever a fazenda de minha família, sou Eldorin. – Disse. Não conseguiu ver
a expressão intrigada do homem.
-
Aproxime-se do fogo – ele o fez – ah, mas que estranho – Tentou reconhecê-lo -
você cresceu, garoto? Espere só um momento, Agmir, chame o Esgmund, ele precisa
dar uma olhada nesse garoto, e você – voltou-se para ele – espere um pouco.
Não
demorou muito pra ouvir Esgmund bufando se aproximar.
- O que está havendo aqui, quem é esse garoto?
- Ele diz ser Eldorin,
filho de Eldored. Consegue reconhece-lo? – respondeu o guarda.
- Ora, mas que diabos, é
você, garoto? – Disse, se aproximando e encarando Eldorin, agarrou seus ombros
e aproximou seu rosto, com aqueles olhos miúdos tentando enxergar melhor – mas
ora se é! Que maluquice, garoto, você parece um homem feito – riu – seja bem
vindo!
O guarda que o
interceptou apressou em fazer um cumprimento. Esgmund o acompanhou para dentro
da propriedade.
- Como pode ver – começou
Esgmund – O trabalho tem sido feito, trocamos a madeira do salão principal,
embora ainda não esteja pronta, e estamos mantendo a guarda nas três entradas
da propriedade, reforçamos os muros – apontou para certos pontos no escuro – os
custeios foram cobertos pelo Velho, o que nos deu a liberdade de fazer um bom
trabalho. Aqui, venha – indicou para uma casa próxima – acomode-se.
- Obrigado, eu gostaria
que preparasse um cavalo, logo vou partir ao encontro de meu pai e do velho
Lamm. – Disse Eldorin, entrando na barraca e sentando em uma cadeira, a
primeira que encontrou.
- Mas garoto, se me
permite, você está um pacote de verdura velha, precisa se trocar, descansar, se
alimentar.
- Esgmund, eu não tenho
tanto tempo – disse, mas se arrependeu de dizer isso, afinal, estava sendo
contraditório, se não havia tanto tempo, porque passou ali? – Ah... Tudo bem,
tem razão, eu vou me trocar e comer alguma coisa, pode conseguir alguma coisa?
Esgmund riu.
- Você é engraçado,
garoto, fala como se não fosse dono dessa propriedade.
Mais tarde montou em um
cavalo preparado para sua viagem, negando a necessidade de dois guardas
partirem com ele. Havia trocado as vestes, mas quis usar a capa surrada que
usou em sua viagem e pediu que lhe passassem alguma boa espada. Esta ia presa
ao cinto que apertava o gibão de couro que conseguiu com Esgmund. Acostumou-se
com a montaria e partiu para a fazenda do Velho Lamm e apesar do escuro,
conseguiu fazer bem o caminho. Era outra pessoa, não era mais aquela que passou
por esse mesmo caminho meses antes, fugindo de uma tragédia, agora era um
guerreiro e cavalgava em direção a outra.
Chegando a propriedade,
não teve problemas para ser reconhecido e entrar. Deixou seu cavalo no estábulo
e foi ao grande salão. Encontrou Silned e Larza, ambas conversando de forma um
pouco sóbria e séria, como se trocassem confidencias, ao constatar a entrada dele
no salão se espantaram, embora realmente fosse por sua chegada, parecia que se
devia mais aos segredos que trocavam. Larza o olhou pronunciando uma palavra
muda em seus lábios que morreram no seu silêncio. Não era Eldar. Silned
levantou-se e foi até ele.
- Eldorin?
Ao ouvir isso, Lamark
saiu de um quarto próximo, provavelmente da cozinha, levantando a mesma
pergunta.
- Eldorin? – Disse,
procurando por todo salão até seus olhos pararem nele. – Eld, pelo bom olho de
Odin, você voltou.
Seus cabelos não eram
mais tão curtos e arrumados como quando partiu, e a barba estranhamente
encontrara seu caminho e começava a pontilhar seu rosto. A pele queimada do Sol
e os músculos recém adquiridos lhe davam outra aparência.
- Quem diria, forte como
um boi, venha, seu pai precisa vê-lo. – Disse Lamark. Caminharam pela
propriedade, passando pela cozinha e por currais, até descerem a pequena
depressão e chegarem à cabana do velho Lamm. Encontraram os dois conversando
sobre coisas do passado no mesmo lugar de sempre desde que as coisas mudaram.
Pararam a conversa e encararam, Eldored não acreditou muito até realmente saber
que era verdade o que via. Seu filho voltou, vivo. Levantou-se e o abraçou,
tomando cuidado com o ferimento que ainda urgia na ponta de seu braço. Depois,
afastou-se para dar uma boa olhada.
- Você cresceu meu filho,
e eu constato isso com orgulho.
Eldorin só concordou com
a cabeça, não havia muito que se dizer. O Velho Lamm também foi cumprimentá-lo
e parabenizá-lo. Eles estavam ávidos para ouvir suas experiências e como se
safou de tudo que teve de se safar, comparar com a primeira grande viagem de
ambos, dos primeiros confrontos, e do prazer de se sentir vivo. Porém não era isso que Eldorin queria e eles
perceberam isso pela pouca receptividade e entusiasmo que ele transmitia.
- Não agora, pai, senhor
Lamm, eu preciso encontrar Torkil, eu descobri algo muito sério na Irlanda.
- Muito sério? – A
expressão do Velho alterou-se. – Do que se trata?
Nesse exato momento,
Lamark chegou acompanhando Torkil pelo caminho de troncos, descendo a pequena
ladeira, conversando sobre o recém-chegado. Torkil abraçou e cumprimentou
Eldorin, com sincero contentamento.
- Fico feliz em revê-lo,
amigo. – Disse, Eldorin quis agradecer só que precisava dizer logo a verdade,
olhou para o velho e o pai, e olhou para Torkil, com um olhar sinistro e
apreensivo.
- Obrigado, Torkil, e
obrigado pai, e a você senhor Lamm. Mas essa viagem me trouxe informações
escuras... Sobre você Torkil.
- Eu não estou
entendendo... – Confundiu-se Torkil. Eldorin não pensou em um prelúdio melhor
para falar isso, afinal, não havia prelúdio bom para algo tão ruim, então, sem
drama, disse.
- Encontramos sua filha,
Torkil, sua filha que você achou que morreu há anos, ela esta viva... Na
Irlanda... sua filha.
- Minha filha?
- Helga.
O nome silenciou a todos
como uma serpente de trovão percorrendo a garganta de cada um.
- Olhe, garoto, cuidado
com o que você fala. – Enfureceu-se Torkil – O que você tem em mente? Que
brincadeira tola é essa? – Quis agarrar a gola de seu gibão, Eldorin endureceu
e afastou-o, com olhar sério.
- Isso não é uma
brincadeira, Torkil. Eu e Crane descobrimos isso.
- Isso é impossível, como
pode achar que é verdade?
- Crane me contou tudo,
sobre a historia, sobre como tudo aconteceu, ele a tem rastreado há anos e
agora conseguiu encontrá-la. Ele disse que você saberia juntar as coisas, que
veria que faz sentido.
Torkil encarou isso em
silêncio e suspirou a palavra.
- Helga. Isso não é
verdade... Isso é muito pouco.
- Pode não ser – admitiu
Eldorin. – Mas e se for? Você vai arriscar a vida de alguém que pode ser sua
filha? – Torkil encarou Eldorin. Tinha razão.
- Helga.
- Isso é um absurdo, Crane é um
bêbado virado, você vai acreditar nesse tipo de coisa? – Irritou-se o Velho
Lamm.
- Não sei, pai, e se for
verdade? – contestou Torkil.
- Não é, aquele
desgraçado só quer te dar trabalho, você já superou isso, Torkil, não regrida! Temos
coisas importantes para resolvermos.
- Outra coisas também
importam.
O velho Lamm olhou irado
para o filho.
- Não irá levar meus
homens para uma missão suicida.
- Eu tenho os meus
homens.
- Sempre arrogante,
sempre ingrato! Pois vá! Não amaldiçoarei sua viagem, mas não espero que seja
frutífera.
- Pai, eu não sei mais o
que esperar... só sei que, se isso for verdade. Se ela ainda estiver viva,
Helga, então nada mais importa a mim. Eu irei salvá-la.
No dia seguinte, Eldorin
acordou no escuro. Já eram poucas as horas do dia em que havia a luz do Sol.
Vestiu-se e saiu de sua cabana indo em direção a casa dos Land para quebrar o
jejum. Foi até a cozinha e procurou alguns pedaços de queijo com um copo de
leite. Quando sentou-se à mesa, Lamark veio até ele.
- Venha conosco,
planejaremos o que será feito.
- Eu irei.
Mais tarde, estavam os
três a conversarem, Torkil, Lamark e Eldorin. Estavam repassando as informações
que eram pertinentes e precisavam ser levadas em consideração.
- Você não pode chegar lá
com 50 homens e arrastar esse desgraçado com as bolas cortadas pelas ruas de
Dublin. – Lembrou Lamark vendo as intenções de Torkil em seus olhos.
- É um homem importante
pro comercio de lá, a cidade ficaria contra mim e meus homens. – Torkil deu
continuidade ao pensamento. – Então pensemos, pensemos e decidamos o que
podemos fazer para arrancar aquele desgraçado de fora do castelo e arrancar a
sua cabeça pra fora do pescoço.
- Infiltrar-se talvez,
mas com 50 guerreiros? – disse Eldorin.
- Talvez não precisemos
de tantos. – sugeriu Lamark.
- De qualquer forma não
podemos tirá-lo de lá e prepararmos um emboscada, precisamos aproveitar a
situação e tirar Helga na mesma ocasião. Infiltrando-se ou atacando. Então? –
explicou Torkil.
- Se conseguir manter o
ataque dentro do castelo, a cidade não virá auxilia-lo. – continuou Lamark. –
mas fazer uma chacina sem chamar atenção...
- E também, entrar no
castelo, essas são nossas preocupações.
Muito foi debatido e
muitos planos engendrados mas poucos os que poderiam chegar perto do sucesso.
Era realmente uma questão complicada, considerando ter uma pequena força dentro
do castelo, estaria se apostando em uma luta com chances baixas de vitória. Se
a população local for alardeada, a situação se complicará ainda mais. A honra
em jogo não permite um simples bater e correr, é uma missão de resgate e é
necessária uma punição a altura ao causador de tanto sofrimento. Seria
necessário um ataque, mas antes disso, era preciso entrar lá.
- Nós entraremos com
Fior. – Fior era um dos comerciantes de Gorto, então ele seria a chave para
entrar lá. – e nossos homens poderão entrar lá carregando seus produtos para o
castelo. – A ideia não era má, e isso era o princípio de um bom plano, quem deu
o passo inicial foi Eldorin.
-
Ai está um bom plano, Eldorin, nisso nem o seu irmão pensaria. Você que já
navegou com ele, no Barriga Cheia, isso mesmo? Quantos homens o barco conseguiu
levar?
-
Bastante, com espaço de sobra para as mercadorias.
-
Isso é bom, acho que conseguiremos levar uns tantos guerreiros. – Disse Torkil,
cogitando como iriam proceder. – porém não podemos chegar lá com escudos e aço
pronto para matar um dragão.
-
Sim, e eles não gostam de armas dentro de seu castelo.
-
Bem, levaremos nossas mercadorias, não? – disse Lamark – ao invés das sacas de
cereais e tecido, bem levaremos alguns escudos e machados.
-
Sim, mas não podemos levar isso em sacas, serão necessários alguns bons
caixotes. Isso não vai ser problema.
-
Mas não sei se Fior irá concordar com isso. – Lembrou-os Eldorin.
- Ele irá – sorriu
Lamark.
- Vai ser necessário um
pouco de persuasão para convencê-lo a largar sua fonte de renda – disse Torkil
- mas daremos um jeito nisso.
E deram.
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